O período de safra de café está chegando e nunca é demais nos preparamos para a colheita, buscando otimizar recursos, manter a qualidade do produto e a perenidade da lavoura. O blog da Rural Centro conversou com o cafeicultor e sócio proprietário da Matão Equipamentos Industriais Agrícolas, Milton Zitelli, empresa com 35 anos de mercado com foco na mecanização da colheita para pegar dicas sobre a mecanização deste processo.
Lembrando que a colheita de café deve ser feita com os frutos em maturação, parecidos com cerejas, quando a coloração da casca do café fica entre o vermelho e o amarelo e os grãos precisam ter entre 55% e 70% de umidade. E isso ocorre entre março e abril até setembro, no período da seca.
Tão importante quanto colher na hora certa é preservar a planta para as próximas safras. É o que explica Zitelli, que ressalta que é o ponto chave é se planejar para esta etapa e a colheitadeira entra como parte crucial para o sucesso.
“O produtor de café tem duas necessidades fundamentais para colher de forma mecanizada: uma delas é que ele precisa colher no ponto certo do café, que não esteja nem caído no chão nem nas árvores. Ou seja, se ele não consegue colher efetivamente ele perde em produto e em qualidade e, nesse caso a colheitadeira desempenha o trabalho com eficiência”, destaca, completando que a segunda vantagem é que a máquina minimiza os percalços de contratação de pessoal, sejam trabalhadores sazonais ou uma empresa terceirizada que preste este serviço.
Zitelli comenta ainda que, pensando em uma média do porte das lavouras, é vantajoso investir na mecanização da colheita, visto que o custo com a colheitadeira tende a ser mais baixo que com a contratação de trabalhadores ou terceiros.
Outro ponto de atenção levantado pelo empresário e cafeicultor é que a colheita é parte de um processo da produção do café, que vem seguido da secagem e do beneficiamento e, muitas vezes, ao se colher um grande volume do produto é necessário ter espaço suficiente para secar e armazenar. Com a colheitadeira própria, o produtor consegue segmentar a colheita de acordo com suas necessidades, o que não é possível quando se contrata pessoas ou empresas para colher. “Além da produtividade e qualidade, a máquina dá a possiblidade de otimizar o processo que vem em decorrência da colheita”, destaca.
Entre os diferenciais da Matão está o fato de que a empresa possui a maior linha de colhedeiras do mercado, buscando atender todas as variedades e portes de plantas, assim como todo tipo de terreno e tamanhos de propriedades quanto à largura das ruas. “Deixamos para trás o tempo em que uma máquina resolvia tudo. Hoje temos equipamentos aprimorados pra cada necessidade”, completa.
Para finalizar, Zitelli alerta para os impactos de uma colheita mal feita para as safras subsequentes. “O grande patrimônio do cafeicultor é a planta. O terreno é importante, a estrutura também, mas, se tirar o café, nada disso faz sentido”, destaca. Assim, ao utilizar a máquina, o produtor poderá regular tanto a velocidade quanto o ponto de trabalho da colheita, o que compromete menos a planta que a colheita humana, por exemplo, que quando se puxa os grãos poderá danifica-lo. “Se existe um dano à planta, ela precisará de regenerar e, para a próxima safra, corre-se o risco de perda da produtividade”, conta.
A Matão Equipamentos Industriais Agrícolas possui mais de 5 mil equipamentos no mercado, em todas regiões do país onde se produz café, e é uma das únicas cujos sócios também são produtores de café. “Nossa experiência vai além da máquina”, explica. A empresa foca ainda na facilidade da assistência e de peças para as colheitadeiras, afinal, a safra ocorre em um determinado período do ano e esperar pela manutenção não é uma opção para o cafeicultor.
E você, produtor, como está a preparação para a colheita? Conta para nós!